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O que você sente não é seu inimigo

  • Foto do escritor: João Antonio Evaldt
    João Antonio Evaldt
  • 14 de fev. de 2023
  • 1 min de leitura

Culturalmente, somos ensinados a esconder aquilo que sentimos, às vezes negando como uma parte do que somos. Aprendemos que devemos engolir o choro, que temos que automaticamente responder “tudo bem” ou que não podemos sentir raiva, muito menos demonstrá-la.


Nessa perspectiva, uma grande parte do que sentimos se torna inimiga de um modo de vida ideal, já que é associada a um erro que precisa ser corrigido ou a um pecado que será punido. Assim, a razão e o saber intelectual têm ocupado historicamente um lugar de superioridade às afetações. Conter ou não demonstrar o que se sente se torna sinônimo de autocontrole e de força.


Na terapia e na vida, racionalizar e produzir reflexões sobre o que nos acontece é importante, mas não é suficiente para promover mudanças. É preciso romper com a ideia de que somos como uma máquina que pode ter uma peça trocada ou programação atualizada.


Afinal, chorar diante da perda de alguém, sentir raiva por alguma injustiça e ter medo daquilo que não conhecemos é, fundamentalmente, onde conseguimos acessar nossa humanidade. São demonstrações de afeto naturais que não precisam ser escondidas ou corrigidas.


Ignorar o que sentimos não nos torna mais fortes. Reconhecer, aceitar e mostrar como nos afetamos em nossas relações pode ser difícil e levar tempo, mas é um esforço necessário para se encontrar um modo de vida mais saudável e feliz.


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